terça-feira, 12 de agosto de 2008

As candangas estreiam em Pequim com direito a medalha histórica de bronze no Judô

Por Mariah Heusi

A jogadora de Vôlei Paula Pequeno foi a primeira atleta brasiliense a estrear nos Jogos Olímpicos de Pequim no dia 09 de agosto às 1h30. O time entrou com o pé direito no Ginásio Capital, vencendo a Argélia por 3 sets a 0. Na segunda rodada as meninas do vôlei jogaram contra a Rússia, como já é de costume há muita rivalidade no confronto entre as duas seleções. Mas desta vez as brasileiras esqueceram o passado vivido em Atenas, vencendo a Rússia por 3 sets a 0. Com as duas vitórias o Brasil segue em primeiro lugar no Grupo B. O próximo jogo será contra a Sérvia na manhã da próxima quarta-feira às 3h30.
Já Karla do Basquete não teve uma boa estréia com suas companheiras neste sábado. As jogadoras brasileiras perderam na prorrogação por 68 a 62 para a Coréia do Sul. A melhor atuação da armadora Karla foi acertar uma bola de longe quando faltava apenas 3 minutos para o fim do jogo.
O time brasileiro perdeu mais uma vez na segunda rodada, hoje no Ginásio Olímpico de Basquete para a Austrália por 80 a 65. Karla que não teve um bom desenvolvimento no jogo contra as campeãs mundiais e acabou perdendo a vaga no time titular.
Neste domingo a brasiliense Camila Carvalho e a sua parceira de equipe Luciana Granato participaram da primeira bateria do Remo na categoria Skiff duplo leve. A prova foi disputada no Parque Olímpico de Remo e Canoagem de Shunji. As brasileiras ficaram em quinto lugar com esperança de uma classificação na repescagem no dia 12 de agosto.
Na Natação Tatiana Lemos, Flávia Delaroli, Michele Lenhardt e Monique Ferreira bateram o recorde Sul-Americano na prova de 4x100m livre feminino, no dia 09 de agosto marcando 3m42s85, o que não foi suficiente para as meninas se clafissicarem para a final.
A vitoriosa garota da Ceilândia Ketleyn Quadros que está pela primeira vez nas Olimpíadas, competindo na categoria peso leve, deu um verdadeiro show. A primeira luta da jovem foi contra a sul-coreana Sin-Young Kang que foi derrotada pela brasileira por um yuko ( é quando o adversário cai de lado, é considerado 1/3 de um ponto). A segunda luta de Ketheyn foi contra a holandesa Deborah Grawenstijn, bronze em Atenas. A candanga foi derrotada pela holandesa com um contra-golpe, o confronto foi vencido por um koka ( é considerada a menor pontuação do Judô). Na repescagem Ketleyn vence a primeira luta contra a espanhola Isabel Fernandez. Logo no início do combate a judoca brasileira sofreu um koka, não perdeu a esperança e conseguir empatar no último minuto e a decição foi para golden score (é quando o árbitro central manda os competidores arrumarem o Judogi e na posição inicial os atletas iniciam uma nova luta com duração de cinco minutos). A vitória saiu para o Brasil, porque os juízes puniram Isabel por falta de combatividade. Na outra disputa pelo sonho do bronze Ketleyn lutou contra a japonesa Aiko Sato, vencendo por ippon (é o nocaute do Judô, é quando o adversário cai com as costas no chão, este é o ponto completo). Bastou a brasileira, torcer para que a sua adversária fosse para a repescagem, Deborah vence Isabel Fernandez. Na última luta a brasiliense mostrou experiência e tranquilidade, vencendo a australiana Maria Pekli com um segundo ippon no golden score, garantindo a medalha inédita de uma brasileira em um esporte individual nos Jogos Olímpicos e a primeira medalha da história do Judô feminino na competição. "Valeu Ketleyn pelo primeiro ouro do Brasil e de Brasília em Pequim!"

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